Não há nada casual, todo efeito tem que ter uma causa e toda causa gera algum efeito.
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a lei à qual se aplica.
Você já deve ter ouvido alguma vez a famosa frase do físico Albert Einstein: “Deus não joga dados”. Essa famosa frase de Einstein surgiu quando a Física Quântica começou a ser estudada, a qual estuda a física através das menores moléculas (sub-atômicas).
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A Lei da Causa e Efeito afeta todos os reinos: mineral, vegetal, animal, hominal, angelical. Um exemplo dessa lei, também chamada Lei da Polaridade no mundo mineral: um cientista ou um físico nuclear pesquisa uma partícula sub-atômica e depois de muito tempo de pesquisa descobre, por exemplo, um glúon, e após descobrir o gluón, ele descobre o anti-glúon; assim como para cada quark, há um anti-quark e assim por diante. Em suma, para cada partícula descoberta haverá sempre uma contra-partícula. É como se fosse o “bem e o mal” dentro do reino mineral. Desta forma, se você acabar com o mal, você acabará com o bem também. O ideal é encontrarmos equilíbrio entre as polaridades positivas e negativas. E não adianta não gostar ou não concordar com esse mecanismo, enquanto você estiver neste Universo, você estará sob os auspícios dessa lei. E é graças à Lei da Causa e Efeito que a vida gira; é a chamada Roda da Vida; ela roda para esquerda ou para direita. Querendo ou não, atinge a tudo e a todos, em todas as esferas.

Aristóteles, o grande filósofo que foi aluno de Platão e tutor de Alexandre da Macedônia (Alexandre, o Grande) nos ensinou a teoria da lógica há mais de 2.500 anos: premissa maior, premissa menor, choca as duas e tira uma conclusão; ou seja: tese, antítese, síntese. Porém, até hoje nós humanos temos dificuldade de usar essa forma de pensar. O que nós humanos normalmente fazemos? Nós pegamos a primeiro pensamento que vem a mente, que entram por intermédio do nosso corpo de desejos ou emoções, e transformamos aquela sensação em realidade: “eu não vou com a cara do José”, ou, “meu santo não bate com o santo do José”; ué, por que será? Paramos para pensar no porquê dessa falta de empatia à primeira instância? Será que analisamos o processo bioquímico que existe entre você e o tal José? Analisamos porque José te incomoda tanto? Será que há algo em José que faz com que você confronte você mesmo? Pois é, meus caros, percebendo nossos imaturos julgamentos constantes, notamos que precisamos exercitar o tal princípio lógico de Aristóteles: antes de tomar algo como verdade, precisamos analisar e refletir os opostos de tal fato e só depois tomar uma conclusão.
Nós humanos não temos condições de julgar coisa alguma: “aquele evangélico é burro”, “aquele esotérico é maluco”, “Severino é um safado corrupto” ou “Severino é um santo”. Como nós, seres relativos, podemos julgar algo, visto que nossa perspectiva de verdade é relativa? Aliás, tudo é relativo e passageiro, assim concluímos que nossas verdades são momentâneas e relativas. Nós podemos falar sobre a relatividade sobre um bom tempo, que não é o caso no momento, porém podemos simplesmente nos perguntar: se eu não conheço nem a mim mesmo; nem o que há dentro do meu cérebro; se não conheço como meu corpo humano funciona; como poderei ser capaz de julgar alguém? Será que eu já cometi o mesmo engano do fulano e não estou me lembrando?
Essa nossa conversa pode parecer confusa, mas não é!
Se você passa pelo que não tem que passar, você será compensado (crédito) ou se você prejudicou alguém, você será cobrado (débito). Essa é a justiça universal / cósmica; essa lei foi criada para toda criação. É o que chamamos da Roda da Vida. Essa lei é polêmica, pois vai contra muitos ensinamentos religiosos: você confessa seus “pecados” ao padre e ele te perdoa. Sinto muito, mas não há nada nessa criação que possa escapar dessa lei, e ninguém tem o poder de perdoar ou a capacidade de julgar alguém. Lembremos da velha lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”, uma espécie de castigo espelho. Isso não quer dizer que você humano será o aplicador dessa lei; essa é a lei que o Universo se encarrega de cumprir, não porque é punidor e sim porque essa é a única forma da criação aprender o que é certo e o que é errado: errando e experimentando seu erro, assim criará uma compreensão do erro que cometeu e dos efeitos e malefícios que causou. Vale a pena lembrar o que Mahatma Gandhi disse: “Olho por olho, o mundo acabará cego”. Nós humanos temos que compreender o próximo e compreender a Lei da Causa e Efeito. Não precisamos nos vingar de nada, nem de ninguém; o Universo se encarrega de mostrar o erro para o causador do mal.
Você acha que faz sentido algumas histórias antigas sobre um Deus que benze armas de um exército com o objetivo de matar o exército inimigo deste que benzeu? Oras, então acreditamos que existe um Deus sacana, um Deus malvado… Será que há sentido nisso? Claro que não. Esse Deus punitivo que nós homens inventamos não existe, assim como não existe esse Deus bonzinho que muitos de nós pensamos. Para o Deus único e verdadeiro, o Arquiteto do Universo, o princípio bem e o mal é a mesma coisa; somos nós seres humanos que fabricamos o sofrimento, pois ainda não entendemos essa lei, somos ainda como crianças nesse conceito, mas um dia voltaremos a ter essa compreensão.
Helena Blavatsky, responsável pela sistematização da moderna Teosofia, divulgou, entre outras coisas, a unidade de toda a vida, a existência de leis exatas que regem todo o universo, entre elas a do Karma e do Dharma – que enfatizam a responsabilidade do homem por seus atos – e a possibilidade do autoaperfeiçoamento pessoal baseado nessas leis e nas potencialidades espirituais latentes no homem, um ser essencialmente divino e imortal, através de um processo continuado e sempre ascendente ao longo de sucessivas reencarnações. A meta imediata e inescapável desse processo era a transformação do homem em um super-homem. Explicou a origem de todo o mal do mundo como um resultado direto da ignorância humana e não como uma predeterminação divina, nem como obra do acaso ou do Demônio, que disse não existir como entidade viva, mas como fruto abstrato da mesma ignorância e da superstição; da mesma forma negou a realidade do Inferno como um local objetivo de punição eterna, descrevendo-o apenas como um estado mental e/ou emocional temporário de afastamento do bem, seja em vida ou após a morte.
A Lei da Polaridade de Hermes Trismegisto diz: “Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados”.
Toda vez que acontecer algo negativo na sua vida: uma doença, um acidente, uma decepção amorosa, um assalto, falta de dinheiro, etc., você fará uma análise para entender o porquê de tal fato estar acontecendo na sua vida, naquele instante. Lembre-se; você é o responsável por tudo que acontece com você, e, ao invés de ficar se lamentando por qualquer coisa, veja que a lei da ação e reação está te dando a grande oportunidade de você aprender algo que ainda não foi aprendido, e mesmo que você não compreenda totalmente, fique atento e reflita internamente do porquê de algo estar acontecendo na sua vida. O ser humano só aprende de erro em erro, de falha em falha, de incoerência em incoerência. Fazer o que? É assim que nós funcionamos oras… E não pensem que os grandes mestres e mestras que passaram pela Terra e deixaram um legado de sabedoria no planeta Terra chegaram ao nível que chegaram só com acertos e acertos; certamente eles tropeçaram, erraram e cometeram muitas incoerências antes de chegar ao nível de iluminação. E como nada é estático no Universo, ainda estão evoluindo, aonde quer que estejam.
Quando a humanidade entender que o ser humano ainda não está pronto; ainda não está “justus et perfectus”, passará a criticar menos, a julgar menos. Afinal, se não somos detentores de toda Verdade, como poderemos julgar alguém? Jesus Cristo sempre dizia: “Não julgueis, para não serdes julgados”. O dia que o assassino compreender que quando ele puxa o gatilho e atira em uma pessoa, ele está atirando em si mesmo, aí sim, ele nunca mais matará ninguém. Em sua essência, o ser humano não é mal, ele é apenas infantil, uma criança que não sabe o que está fazendo. E importante dizer: quanto maior a consciência, mais forte será a lei do retorno, e não deixa de ser lógico, pois afinal, quanto mais consciência o ser humano tiver da maldade que está cometendo e seus efeitos, mais forte a lei da causa e efeito terá que agir.
Nós precisamos passar pelo mal para conhecer o bem. Os Incas diziam: “É preciso passar pela escuridão se quisermos chegar à luz”. Se você só conhecer o bem, não saberá lidar com coisa alguma, porque é preciso conhecer os dois extremos para ter o equilíbrio e agir com razão. O segredo é você conhecer toda a maldade e não praticá-la; isso sim é ser evoluído, pois se você pratica a maldade você estará fazendo mal para você mesmo.
O bem e o mal são importantes. No final das contas, meus amigos, o mal é bem e o bem é bem, caso contrário não há evolução. O mal é importante para desenvolver o bem. Só pratica o mal quem ainda não se convenceu que o bem é bom para ele.